Com sua pesquisa, Luciano Santos de Jesus, estudante de Tecnologia em Agroecologia no Instituto Federal de Sergipe (IFS), quer mudar a forma de cultivo de alface em Sergipe. O estudo utilizou biofertilizantes na produção da hortaliça e o produto natural pode ser usado para nutrir e proteger outros tipos de mudas e culturas perenes.
No estudo foram utilizados três tipos biofertilizantes: o Biogeo, derivado da decomposição de matérias animais ou vegetais; a Manipueira, resultada da prensa da mandioca; e os Microrganismos Eficientes (EM), que aumentam a diversidade dos organismos que vivem no solo. Por motivos estratégicos a variedade escolhida da hortaliça foi a lisa, também conhecida como Orelha de Burro, seu ciclo curto de 45 dias permitiu resultados mais imediatos.
Cultura adaptável

Para o pesquisador, aluno do campus de São Cristóvão do IFS, o projeto foi um sucesso, com alto índice de capacidade, uma vez que foi possível desenvolver uma cultura adaptável, que é a alface, com um resultado de curto prazo, devido o ciclo dessa cultura.
“Foram usados 35 vasos, com aproximadamente cinco quilos do solo, selecionado e peneirado, e sete tipos de tratamento. No final do projeto, dentre os três tipos de biofertilizantes, para essa variedade de alface, o que melhor apresentou resultados foi a manipueira”, explica.
Baixo custo
O resultado da pesquisa está disponível no IFS e é um atrativo para os interessados em tecnologia social, uma vez que a adubação foliar é utilizada com materiais acessíveis, de baixo custo e de base orgânica e ecológica, que gera o interesse em pequenos produtores e extensionistas rurais. O projeto teve financiamento da Fundação de Apoio à Pesquisa e à Inovação Tecnológica do Estado de Sergipe (Fapitec/SE), por meio do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica (Pibic).
O estudo, que foi finalizado este ano, teve como orientadora, a professora Liamara Perim, e como voluntários, os graduandos Francisco Marcelo Azevedo e Ingrid Santos Figueiredo. Uma das conquistas do projeto foi a premiação na 16ª Semana Nacional de Ciência e Tecnologia, realizada ano passado, em Aracaju. A pesquisa foi escolhida como a melhor na área de ciências agrárias.









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