
Um dos inventores envolvidos, Dennys Correia da Silva, explica que o resultado é alcançado pelo fato das formulações modificarem a molhabilidade da rocha, permitindo que o óleo preso nos reservatórios tenha mais facilidade em se deslocar. Essa característica da nova tecnologia é importante pois o petróleo ocorre sempre em regiões da crosta formadas por rochas sedimentares, local onde, durante milhões de anos, detritos orgânicos acumularam-se e se transformaram em processos que levam a um aumento da temperatura e da pressão interna. Essas duas situações provocam o rompimento da rocha, fazendo com que o petróleo migre para cima através dos poros existentes nas rochas, até encontrar algo que o impeça de continuar se deslocando. “A formulação obtida retira com eficiência de até 99% o petróleo presente nas superfícies sólidas”, pontua Dennys Correia.

Estudante bolsista de iniciação científica da Petrobras, Carolina Rayanne Barbosa de Araújo explica que o método de tratamento usado para a extração de petróleo depende da análise a respeito das características físico-químicas do solo ou da rocha a ser tratada. Assim, é pertinente encontrar sistemas economicamente viáveis e de fácil preparo que possam resolver esse problema. “Tensoativos sozinhos não conseguem penetrar suficientemente nos poros da rocha de modo a modificar a molhabilidade e remover o petróleo. Porém, na formulação, a passagem do tensoativo é facilitada e, com isso, maiores quantidades de petróleo são removidas”, esclarece.








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